quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Geografia

Do meu lugar não há registos
nem mapas
nem retratos.
Para falar dele terei de mencionar
um raio de sol manso
a nascer na transversal
das tábuas do soalho.
O meu lugar é a pura geografia.
Sem o sítio.
Mais o sítio.
Continente doce onde se inscreve
o pão de cada dia
e a mecânica dos ossos a ranger.
No meu lugar
a primavera nasce
suave e rumorosa
suspensa sobre pétalas de luz.
Cada pequeno animal
sai da pedra que o protege
e corre pelo seu mundo que é também o meu mundo
e leva os meus olhos
e regressa com perguntas.
O meu lugar existe
porque existe uma andorinha a dançar
em seu redor
e tudo se torna verde e depois maduro
e há um sumo de laranja
que escorre dos lábios por volta do meio-dia.
No meu lugar há círculos abertos
e todas as poções intentam misturar-se
para que a voz do coração se torne
num ofício de ventos e de cravos.
O meu lugar
é tão belo.
É tão belo
e tão breve
o meu lugar.
José Fanha

quinta-feira, 28 de maio de 2015

O Mistério da Ilha da Páscoa

http://misteriosantigos.50webs.com/

“A ilha da Páscoa, situada na Polinésia, região do Pacífico sul, exerce um grande fascínio devido aos mistérios que envolvem a sua história e pela beleza das gigantes estátuas de pedra, os Moais.
Por volta de 400 d.C, quando os polinésios chegaram à ilha, encontraram-na despovoada e coberta por florestas. Durante vários séculos, a ilha foi povoada, atingindo cerca de 16 000 habitantes. Em 1722, quando chegaram os europeus, a ilha estava desflorestada e com uma população de apenas algumas centenas de sobreviventes, porque os nativos acabaram com os recursos naturais de ilha e tornaram inviável a sua sobrevivência.
Hoje, a ilha de Páscoa é habitada por cerca de 2000 pessoas e sobrevive, sobretudo do turismo.”

Adaptado de FAE Centro Universitário (acedido a 21-11-2014)
Basto, Cecília; Dias, Carlos, “Geovisão 9”, Raiz Editora

Vê um documentário sobre esta ilha em: Ilha da Páscoa, National Geographic

Provérbio Índio

“Nós não herdámos a terra dos nossos antepassados, pedimos emprestada aos nossos filhos”


quarta-feira, 20 de maio de 2015

Questão de aula

Como podemos tornar a nossa sociedade multicultural, mais inclusiva? 
Nós; Cantanhede; Portugal; a Europa e o Mundo?
Imagem de: Porto Editora

O Direito a sermos Diferentes e Iguais

"temos direito a reivindicar a igualdade sempre que a diferença nos inferioriza e temos direito de reivindicar a diferença sempre que a igualdade nos descaracteriza."  Boaventura de Sousa Santos

Procura mais sobre o tema em: Multiculturalismo e Direitos Humanos


quarta-feira, 13 de maio de 2015

A Minha Aldeia

Minha aldeia é todo o mundo.
Todo o mundo me pertence.
Aqui me encontro e confundo
com gente de todo o mundo
que a todo o mundo pertence.
Bate o sol na minha aldeia
com várias inclinações.
Ângulo novo, nova ideia;
outros graus, outras razões.
Que os homens da minha aldeia
são centenas de milhões.
Os homens da minha aldeia
divergem por natureza.
O mesmo sonho os separa,
a mesma fria certeza
os afasta e desampara,
rumorejante seara
onde se odeia em beleza.
Os homens da minha aldeia
formigam raivosamente
com os pés colados ao chão.
Nessa prisão permanente
cada qual é seu irmão.
Valência de fora e dentro
ligam tudo ao mesmo centro
numa inquebrável cadeia.
Longas raízes que imergem,
todos os homens convergem
no centro da minha aldeia.
António Gedeão “A Minha Aldeia”

terça-feira, 28 de abril de 2015

A Morte no Mediterrâneo

1. Porque é que esta vida não tem os mesmos direitos que a nossa?
2. Com base no que já aprendeste, enumera alguns factores que levaram este homem a fugir para a Europa, enfrentando, para isso, a morte.
3. Que dificuldade enfrentará durante a viagem? Se sobreviver, que problemas enfrentará no local de destino?
4. O que podemos fazer para atenuar as dificuldades que este homem enfrentou, no seu local de origem, e enfrentará, no local de destino.



Mediterrâneo, cada vez mais um cemitério de  migrantes.
Euronews

https://www.youtube.com/watch?v=kQeyr2Emjvw